A expansão de agora deve-se, sobretudo, ao crescimento da arrecadação do IR (Imposto de Renda), da contribuição previdenciária e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
O coordenador-geral de Estudos Econômico-Tributários da Receita Federal, Othoniel Lucas de Souza, citou também a expansão do PIB e da arrecadação no ano passado.
"Essa elevação deve-se ao crescimento do PIB de 2,7% em 2011 e de 8,15% da arrecadação tributária nos três níveis de governo", afirmou Souza.
Segundo a Receita, o PIB somou R$ 4,143 trilhões no ano passado, enquanto os brasileiros pagaram R$ 1,462 trilhão em impostos.
Para o levantamento da CTB a Receita considera os pagamentos compulsórios (definidos em lei) realizados por pessoas físicas e/ou jurídicas, inclusive as de direito público. Não fazem parte da conta pagamentos que configurem sanção, penalidade ou outros acréscimos legais.
O dado contabiliza a carga tributária nos governos federal, estaduais e municipais.
A carga tributária da União respondeu por 70% da arrecadação total, contra 69% em 2010. Os Estados responderam por 24,44% (ante 25,45%) e os municípios por 5,52% (5,51% em 2010).
CARGA LÍQUIDA
O Ministério da Fazenda aproveitou também para divulgar a carga tributária líquida, que desconta as transferências para a Previdência, assistência Social e subsídios. Nestes casos, são R$ 627,4 bilhões, o que faz a carga ficar em 20,17% do PIB.
Tal percentual é o maior desde 2002, início da série histórica disponibilizada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
A Previdência Social desconta 6,79% do PIB da carga tributária bruta, sendo o principal fator de desconto, seguido pelo regime de previdência do servidor público, com 4,15%. Em valores absolutos, a carga líquida foi de R$ 835,5 bilhões em 2011, contra R$ 701,3 bilhões em 2010.
Com a Reuters e o Valor
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1193286-carga-tributaria-vai-a-35-do-pib-em-2011-e-bate-recorde.shtml