terça-feira, 23 de julho de 2013

Dólar caro não desanima brasileiros e gastos no exterior sobem, diz BC.

Mesmo com o dólar 4,15% mais caro em junho, os turistas brasileiros aumentaram os gastos no exterior. Os desembolsos dos brasileiros lá fora somaram US$ 1,928 bilhão no mês, maior resultado para o mês da série histórica com início em 1969. O recorde para todos os meses do ano foi registrado em janeiro de 2013 (US$ 2,293 bilhões).

No acumulado de 2013, os brasileiros gastaram no exterior US$ 12,328 bilhões, o maior valor já registrado. No mesmo período do ano passado, esses gastos alcançaram US$ 10,702 bilhões.

Já os turistas estrangeiros deixaram no Brasil em junho US$ 453 milhões, soma pouco inferior ao que gastaram no mesmo período do ano passado (US$ 462 milhões).

A diferença entre o que gastaram os turistas brasileiros no exterior e o que deixaram os estrangeiros no Brasil é uma saída líquida de US$ 1,475 bilhão em junho, ante US$ 1,221 bilhão em igual período de 2012. No semestre, o resultado líquido é negativo em US$ 8,849 bilhões.

Para o acumulado deste ano, a autoridade monetária espera uma saída de US$ 16,7 bilhões por esse canal (dado revisado de US$ 16,3 bilhões). Em 2012, a conta viagens ficou negativa em US$ 15,588 bilhões.

O BC trabalha com uma moderação dos gastos de turistas brasileiros no exterior ao longo do segundo semestre do ano. Segundo o chefe do departamento econômico da autoridade monetária, Tulio Maciel, os dados parciais de julho ainda não sugerem essa moderação, “mas é esperado que isso aconteça nos próximos meses”.

Em julho, até o dia 19, o gasto no exterior estava em US$ 1,471 bilhão, enquanto as receitas (gastos de estrangeiro no Brasil) somavam US$ 343 milhões. Com isso, o resultado líquido é negativo em US$ 1,128 bilhão. Em junho, os gastos de turistas brasileiros somaram US$ 1,928 bilhão, maior resultado para o mês da série histórica com início em 1969.

Segundo Maciel, é natural que o movimento de valorização do dólar vá se refletir na demanda por bens e serviços, mas isso acontece com alguma defasagem. No caso das viagens, ao mesmo tempo que acontece a desvalorização do real, Maciel aponta que ocorreu crescimento da massa salarial, com emprego ainda em alta. “E isso é um fator de impulso às viagens”, disse.

Ainda de acordo com ele, a moderação prevista nos gastos com viagens já estava implícita nas projeções do BC para o ano.

Fonte Valor Econômico (Eduardo Campos e Mônica Izaguirre).

Postado por Leandro Rudas Medina.

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